sábado, 25 de novembro de 2017

O ESTRANHO DA RUA 13.

O Estranho da Rua 13

Athayde Martins


Caminho lentamente e observo meu cachorro envolto em sua alegria pela liberdade de andar solto comigo pelas ruas.Meus passos são lentos mas meu pensamente vaga com velocidade e me remete aos momentos felizes que passei com a esposa e minha filha.
                          Nos conhecemos na faculdade e só nos separamos vinte anos depois, foram dias e noites inesquecíveis. Me lembro como se fosse hoje quando ela me contou que estava grávida, festejamos de forma ímpar e nove meses depois a suprema alegria de ter nos braços nosso pequeno tesouro: Nossa filha Camila, aliás a escolha do nome demandou vários dias até chegarmos a um consenso.
                         Dez anos se passaram e nossa sintonia era uma coisa de dar inveja. Parecíamos a família do comercial de margarina. Eu prestei concurso e me tornei um oficial de justiça e Glória minha esposa uma linda professora. Conseguimos comprar nossa casa, nosso carro e demais bens duráveis e não duráveis. Nossa vida seguia lindamente, como num conto de fadas.
                          Mas não há bem que sempre dure. Começaram a surgir obstáculos que nem imaginávamos e nossa relação começou a se desgastar, por um motivo ou outro sempre acabávamos discutindo e com isso nossa filha também começou a ter problemas em sua vida. Era uma cadeia de acontecimentos negativos, o chamado efeito dominó, uma coisa puxa outra.
                          A coisa piorou ainda mais quando um grupo armado invadiu a escola onde minha filha estudava!
                         Começava ali uma fase de nuvens negras em nossas vidas!
OBS: Segue no próximo episódio.

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