O ESTRANHO DA RUA 13.
O ESTRANHO DA RUA 13
Athayde Martins.
Meio sem jeito, vejo com tristeza que a ordem fora cumprida e aquela criança estava sofrendo pela irresponsabilidade do pai, mas o vicio do jogo também é uma doença e aquele homem precisava de cuidados especiais.
A vida segue sua trajetória e eu continuo meu trabalho. Saio dali com imensa dor na consciência, ainda restam duas visitas pra fechar o meu dia e de antemão sei que serão momentos tenso. Acelero a moto e parto em busca de um novo endereço.
Bairro nobre, mansão parecendo aquelas dos filmes. Toco o interfone e em segundos dois seguranças enormes vem me atender. Não sei como eles conseguem, com nosso clima tropical, usar terno preto de gravata. São ossos do ofício, cada um carrega sua cruz.
-Podemos ajudar?
Noto até certa gentileza na sua voz:
-Sou oficial de justiça e preciso falar com o senhor Asdrubal Mendes Ribeiro. Ele está?
-Um momento, vou chamá-lo.
Um homem gordo, bonachão, caminha com certa dificuldade em minha direção:
-Preciso de sua assinatura e sua ex-esposa está naquele carro perto ali esperando sua decisão.
-Um instante por favor, já volto.
Entra, demora uns dez minutos e em seguida vejo um dos seguranças retornando com um envelope.Me pede para acompanhá-lo até o carro da mulher.E pelo sorriso ficou claro que gostou do conteúdo daquele envelope. Com certeza um polpudo cheque.
O carro preto partiu e eu também.rumo a minha última visita pra fechar o dia.
Estrada vicinal, terra pura e lá vou eu pra zona rural. O que me espera na Fazenda Dois Irmãos, realmente nem imagino.Depois de uns dois quilômetros, ouço um disparo e um zumbido raspa meu capacete.
Meu Deus!
Segue no próximo episódio.
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